Tecnologia faz prédios resistentes a terremoto

Nos últimos anos, o mundo presenciou uma série terremotos. Abalos mais fortes atingindo a magnitude de mais de 7 na escala Richter acontecem aproximadamente 20 vezes por ano em todo o mundo, com maiores registros nos países: Japão, Indonésia, Índia, Filipinas, Papua Nova Guiné, Turquia, Estados Unidos, Haiti e Chile.

Assim, diante dessa realidade, o Japão maior vítima desses abalos tem investido fortemente em tecnologias construtivas capazes de minimizar os prejuízos causados pelos recorrentes terremotos.

Conheça agora algumas das tecnologias já desenvolvidas e como elas agem tornando estruturas rígidas corpos dinâmicos altamente resistentes.

predios

Ao se projetar uma edificação resistente a abalos de alta magnitude, a preocupação se inicia na fundação do edifício. Nos alicerces destes prédios são instalados amortecedores eletrônicos, esses podem ser controlados à distância. Em prédios mais simples utiliza-se amortecedores de molas similares à suspensão de veículos.

Além disso, faz-se uso de materiais especiais capazes de amortecer os impactos nas junções de lajes, vigas, pilares de concreto e estruturas de aço. Esses materiais ajudam a distribuir energia quando a estrutura se movimenta em direções opostas, fazendo com que a estrutura não entre em colapso.

Vale ressaltar, que uma das partes mais importantes dos prédios resistentes a fortes abalos é um pêndulo enorme instalado na parte mais alta da edificação. O pêndulo funciona como um sistema de contrapeso inercial: uma bola suspensa pesada o bastante para movimentar o prédio no sentido contrário às vibrações ocasionadas pelo terremoto atenua o movimento e deixa a estrutura relativamente estável.

O maior sistema de contrapeso inercial do mundo é o da torre Taipei 101. Nela foi instalada, uma enorme bola de 5,5 metros de diâmetro é suspensa por 16 cabos. Essa estrutura reduz em 40% as movimentações do edifício, resiste a ventos de até 450 km/h e a terremotos de até 7 graus Richter

pendulo

 

Ademais, os vidros das janelas, parte mais sensível das edificações, são revestidos por um material flexível, como borrachas, e não ficam diretamente em contato com a esquadria. Assim, em caso de tremores na estrutura, os componentes de vidro movem-se controladamente e não se quebram.

Embora a tecnologia já desenvolvida aplicada a prédios em regiões com alto índice de tremores de terra seja capaz de resistir a abalos de alta magnitude, estudos continuam sendo desenvolvidos em algumas universidades do mundo, como por exemplo à Universidade de Nagoya (Japão) e a Universidade de Washington (EUA), para que a técnica seja aprimorada e se consiga estruturas ainda mais resistentes. Assim, estudos mostram que, em breve, podermos controlar o sistema de contenção das construções pelo computador, antes mesmo de o terremoto começar. Dispositivos serão instalados em toda a estrutura e, por meio da internet, será enviado para um computador controlador informações como início, intensidade e variações do terremoto. Desse modo, o controlador poderá, por exemplo, definir diferentes frequências de oscilação para o pêndulo, dada a magnitude do tremor.